terça-feira, 25 de dezembro de 2007

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

O tempo existe, sim, e devora.



O que mais chamou a atenção de Hildebranda foi a solidão da prima. Parecia, lhe disse, uma solteirona de vinte anos. Acostumada a uma família numerosa e dispersa, em casas onde ninguém sabia de ciência certa quantos moravam nem quem ia comer a cada refeição, Hildebranda nem podia imaginar uma moça da sua idade reduzida ao claustro da vida privada. Assim era: desde que se levantava às seis da manhã até que apagava a luz do quarto, se consagrava à perda do tempo.

domingo, 2 de dezembro de 2007

¿Por qué no te callas?



http://www.youtube.com/watch?v=hubyFqSUaGA

Para todos que já tiveram um Chávez em suas vidas.
Interrompendo um momento de delicadeza.

sábado, 24 de novembro de 2007

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Au bout du téléphone



Il y a votre voix
Et il y les mots que je ne dirai pas
Tous ces mots qui font peur quand ils ne font pas rire
Qui sont dans trop de films, de chansons et de livres
Je voudrais vous les dire
Et je voudrais les vivre
Je ne le ferai pas,
Je veux, je ne peux pas
Je suis seule à crever, et je sais où vous êtes
J'arrive, attendez-moi, nous allons nous connaître
Préparez votre temps, pour vous j'ai tout le mien
Je voudrais arriver, je reste, je me déteste
Je n'arriverai pas,
Je veux, je ne peux pas
Je devrais vous parler,
Je devrais arriver
Ou je devrais dormir
J'ai peur que tu sois sourd
J'ai peur que tu sois lâche
J'ai peur d'être indiscrète
Je ne peux pas vous dire que je t'aime peut-être


Sabe aquelas músicas?
Aquelas.

sábado, 10 de novembro de 2007

Last night, I dreamt I went to Manderlay again...


And I, I have got nothing, to offer you
Just this heart deep and true


Which you say you don't need
See with your eyes, touch with your hands, please,
Hear through your ears, know in your soul, please.

For haven't you me with you now?
And I love you, I love you, I love you.
And I love you, I love you, I love you.

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

You are repressed but you're remarkably dressed



Is it Real?
And you're always busy
Really busy
Busy, busy, oh, oh, oh...

Quarta-feira é dia de Saia Justa.
E o programa de hoje foi sobre vestido.
Elas ficaram o programa inteirinho tricotando e divagando sobre vestidos, até a Soninha foi de vestido hoje (horroroso, mas foi) .
Depois, cada uma escolheu "o vestido dos seus sonhos" :)
Obviamente, todas foram buscar o vestido dos sonhos no cinema, Soninha escolheu o vestido da Audrey em Sabrina (só pra todo mundo falar "ai, Soninha, como você parece com a Audrey" ¬¬), a Mônica escolheu o da Grace Kelly em Janela Indiscreta, a Betty, o da Kim Novak em Sortilégio do Amor e a Márcia, o da Blanche em Um Bonde Chamado Desejo, que ela escolheu, unicamente, por ter sido desabotoado por Marlon Brando, acho válido.
(Maitê escolheu um vestido usado por ela num filme nacional que ninguém viu, Maitê é café-com-leite, esqueçamos Maitê)

Daí, eu fiquei pensando no meu vestido dos sonhos, néam.
Todas elas se inspiraram nas atrizes e vestidos clássicos...
No meu caso, a primeira coisa que me veio à mente foram os vestidos maravilhoooooosos que a Maggie usa em In The Mood For Love.
Ela fica o filme inteiro desfilando em câmera lenta um vestido mais deslumbrante que o outro.
Tem até uma cena em que a doninha da pensão or something comenta com alguém "ela se veste assim pra ir comprar macarrão?"
Ai, por mim, eu só me vestiria daquele jeito, pra ir pra aula de Matemática Financeira, pro supermercado, lendo o jornal, na fila do pão, etc e tal.

O filme me fascina por diversos motivos, esse é apenas um deles, nunca um figurino me chamou tanto a atenção como nesse filme.
E é interessante porque é como se houvesse uma relação diretamente proporcional entre elegância e tristeza.
O que ela tem de bem vestida, tem de triste.
Elegantérrima e infelicíssima.
Inevitavelmente, me lembrou a música do Morrissey, Maggie on fire. Sempre tão bem arrumada, bem educada, bem penteada, você tem a sensação de que ela vai se quebrar a qualquer momento.

Aliás, tem uma cena que me passou batido na primeira vez que assisti, mas que me partiu o coração quando revi, há pouco tempo, no Telecine, Maggie, mais solitária que um paulistano, bate à porta da vizinha-amante-do-marido-dela, pra conversar, e a mulher bate lindamente a porta na sua cara.
Ir na casa da mulher que você sabe que é amante do seu marido, não pra tirar satisfação, mas porque está se sentindo sozinha e quer conversar com alguém. E ainda levar um fora.
Me deu uma peninha, uma vontade de dar um abracinho nela, alguns filmes me deixam com vontade de abraçar as pessoas ¬¬
Bom, melhor encerrar logo esse post (que já tá bem grandinho, por sinal), antes que eu comece a abraçar árvores por aí...

Vamos ao que interessa:
















segunda-feira, 5 de novembro de 2007

O direito ao mau humor



Tava vendo o Irritando Fernanda Young ontem e ela perguntou pra Lília Cabral (não lembro exatamente da pergunta, mas era algo do tipo): "Se fosse pra você interpretar uma personagem muito irritante como ela seria?"
Daí, ela respondeu que seria uma daquelas pessoas que não demonstram o que sentem, sempre impassíveis, com suas caras de Monalisa.
A carapuça serviu na hora.
Me senti a própria Victoria Beckham.
(sem a produção, o dinheiro, o marido metrosexual e o corte de cabelo mais imitado de 2007)
Inclusive, eu uso o Victoria smile em fotografias (sempre que tento sorrir nessas ocasiões tristíssimas) e cheguei à conclusão de que a comunicação não-verbal é a grande desgraça da minha vida.
Mas esse Blade Runner way of life é apenas o prelúdio deste post, que deveria ser sobre mau humor.

Hoje acordei de mau humor (o que não é incomum) e as pessoas (leia-se, minha mãe) deveriam respeitar isso.
Mas elas não respeitam.
Fiquei o dia inteiro pisando em ovos, afinal, eu sei que as pessoas não têm culpa e não são obrigadas a me suportar.
E olha que eu nem sou uma mal humorada chiliquenta, meu único desejo é ser ignorada, esquecida, olvidada, omitida, ficar no ostracismo.
Seria extremamente delicado da parte dela me deixar em paz.
Mas não.
Ela fica tentando me agradar, dando conselhos, se fazendo de vítima, fazendo perguntas, diagnosticando as razões do meu mau humor e de todos os meus problemas.
Isso enlouquece qualquer pessoa.
Como se não fosse suficiente, tinha hoje à noite uma aula chatíssima e eu não estava com a MENOR vontade de ir, mas fui, pra fugir da verborragia materna.
Já dizia Paulo Coelho, "quando você quer alguma coisa, todo o universo conspira para que você realize seu desejo".
Porém, nós que na merda estamos, na lama chafurdamos.
In just spring, when the world is mudluscious...
Eu gosto de ir a pé pra aula, mas como já estava atrasada, peguei um ônibus (é, com carteira e sem moral pra pegar o carro do papai).
Sentei do lado de um cara com cê cê.
E, naturalmente, peguei o ônibus errado.
Estava escrito CENTRO, donde deduzi que aquela bosta ia virar no centro, mas não virou.
Desci no ponto errado e voltei pra casa a pé, chorando no meio da rua (no fundo do poço e cavando).
Já perto de casa, cruzei com um conhecido (não estava mais chorando) que me atirou um "tudo bem?" e um sorriso.
Eu respondi "tudo bem" e continuei andando.
Só depois percebi que, além do "tudo bem" e do sorriso, ele tinha parado pra conversar (hauhauhuahua).
Depois eu reclamo da minha fama de bruxa e que as pessoas me odeiam e etc.
Bom, foi sem querer.
E, de qualquer forma, que assunto incrível eu poderia ter com ele naquele momento, não é mesmo?

I just wanna be alone.

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Vaaaaaaai Flamengo!



Balança a rede do adversááário!

(só eu achei que ela tá com carinha de "Vaaaai Flamengo" sussurrado?)

Adorei.

Geral fazendo vaquinha pra importar a Playboy da Juliette, tava conversando agora há pouco com um miguxo no MSN (que, aliás, me deu a idéia do post) e ele já tem altos esquemas e contatos na França.
Acho necessário.

Uma prévia: http://mry.blogs.com/les_instants_emery/2007/10/juliette-binoch.html



Nem me proponho a fazer nenhuma comparação com a Playboy nacional porque o abismo é grande demais.
Afinal, no Brasil, a Playboy virou uma espécie de bolsa-família, a aspiração de toda vagaba que quer realizar o sonho da casa própria.

Muita gente tem se questionado se a Playboy da Juliette (com a sua "veia artística") vai, de fato, atingir o público-alvo.
Romântica que sou, continuo acreditando no poder transformador das pérolas aos porcos.

"Eu fui convencida por uma jovem equipe que quer mudar a Playboy como falar do corpo de uma maneira diferente, em lhe dar alma. Nós temos uma tendência de separar o corpo do espírito, o corpo das emoções. Nós colocamos o prazer à parte. De certa maneira, reivindicar este tipo de corpo nas páginas da revista é um ato militante".

Sin perder la ternura jamás.

Pra mim, nem precisava ter se explicado tanto.
Só o fato de ela ter aceitado, é, por si só, um libelo contra a vulgaridade.
Merci, Juliette.


P.S. - Enquanto isso, nos trópicos...
http://celebridades.uol.com.br/album/juliana_paes_album.jhtm?abrefoto=11
Nossas playmates são atacadas por tarados na praia.
Já dizia a velha raposa, és eternamente responsável por aquilo que cativas.

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Cara de areia mijada



http://www.youtube.com/watch?v=CIFZITR8GQo

Gente, coitado.
Mas, quando eu li isso nos comentários do vídeo quase me mijei de rir, que definição mais precisa...

Acordei hoje ne-ces-si-tan-do ouvir Samba Raro.
Comprei esse cd em 1927, tava no colégio ainda, só que eu tenho o costume de emprestar coisas pra pessoas que, não apenas não devolvem, como também se mudam de cidade, logo, nunca mais vi a cor.

Super desaforo baixar um cd que você comprou com o suor do seu rosto (jurando), masss, como não tive outra opção, fui procurar na net, achei no eMule e no Rapidshare, e nos dois não veio a última música, ódeo.
Acho que vou desistir dela, até porque pretendo dormir ouvindo ele hoje, mais precisamente agora.

(Vaccaro, onde você estiver, devolva meus cds!)

quarta-feira, 24 de outubro de 2007



Só eu achei que ele ficou zuper interessante de bigode?

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Please forgive me if I act a little strange



For I know not what I do
Feels like lightning running through my veins
Everytime I look at you

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Sem você sou pá furada


Inventei o post só pra postar essa foto, na verdade.


Coisa marlinda.


Truffaut e muitas, escolhi minha preferida.


A sétima efervescência intergaláctica.


Já que não achei uma foto do Visconti e do Helmut juntinhos, vai Cocteau e Marais mesmo. O que é o perfil de Jean Marais, minha gente? Um príncipe.


Uma das parcerias mais bonitas do cinema.


http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=1796169


Largou dela e ficou chaaato...


Beija mais que ainda não foi suficiente, gata.


Dizem que depois de ser abandonado por ela o cinema dele acabou.

domingo, 14 de outubro de 2007

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Mais solitário que um paulistano...

Mensagem de amor



Os livros na estante já não tem mais tanta importância
Do muito que eu li, do pouco que eu sei, nada me resta
A não ser, a vontade de te encontrar
O motivo eu já nem sei, nem que seja só para estar, ao seu lado,
Só pra ler, no seu rosto
Uma mensagem de amor, ô, ô, ô...

terça-feira, 9 de outubro de 2007

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

sábado, 29 de setembro de 2007

Pra ouvir no banho

Pra ouvir no carro



Depois de longo e tenebroso inverno (pontos de ônibus, caronas e reprovações), finalmente tirei a carteira de motorista.
Ela nem chegou ainda, mas a primeira providência é imperativa: criar uma trilha sonora.
Conversando com a xará outro dia no MSN ela disse que precisava tirar a carteira pra poder ouvir música no carro.
Eu sempre pensei o carro como um aparelho de som itinerante.
Uma instalação.

Agora é preciso organizar as trilhas.
Música para engarrafamento.
Música para a infinita highway Lucy in the sky with diamonds.
Música de inauguração (nunca dirigi sozinha).
(as músicas, a princípio, devem ser ouvidas sozinha)
Por isso, providenciar também música para ouvir acompanhada.
Música para irritar os acompanhantes.
Música para agradar platéias ecléticas.
Música pra cantar junto reproduzindo cenas clichês de filmes ruins.
(aceito sugestões)

O filme do Chris Marker me deixou pensando na minha paisagem sentimental, minha imagem de felicidade.
Não consegui.
Lembrei da Mônica Waldvogel no Saia Justa, ela mostrou uma foto da sua lua-de-mel em Veneza, numa gôndola, cabeça encostada no ombro do ex-marido à la Wong Kar-Wai.
E disse que voltava àquela imagem, àquela lembrança, à gôndola, ao barulho da água, sempre que se sentia aflita/triste/angustiada, aquela paisagem funciona pra ela como uma válvula de escape, uma ilha de bem estar.
Eu, que ainda não fui a Veneza, Paris, nem à Islândia, vou procrastinando os fotogramas emocionais...
Fiquemos, portanto, com a trilha.
Música que me acalma e me deixa feliz.
A primeira que me veio à cabeça, Coração Vagabundo, do primeiro álbum do Caetano, Domingo, com a Gal, vozinha de guri ainda.
Não é a minha música preferida, não conheço ninguém que tenha uma música preferida.
Mas, deixa um cheirinho bom.
Já dizia Maria Bethânia, música é perfume.

sábado, 22 de setembro de 2007

Paisagem sentimental



Un point précis sous le tropique
Du Capricorne ou du Cancer
Depuis j'ai oublié lequel
Sous le soleil exactement
Pas à côté, pas n'importe où
Sous le soleil, sous le soleil
Exactement juste en dessous


"A primeira imagem de que ele me falou foi a de três crianças em uma estrada da Islândia, em 1965.

Ele me disse que era para ele a imagem da felicidade. E também que ele havia tentado várias vezes associá-la a outras imagens, mas nunca conseguiu.

Ele me escreveu: um dia terei que colocá-la sozinha no começo de um filme, com um longo intervalo negro. Se não virem a felicidade na imagem, verão, ao menos, a escuridão."

http://www.youtube.com/watch?v=woQKOubUkJY

domingo, 9 de setembro de 2007

P.S.



Juliette Binoche sempre me faz chorar :(

Vendredi Soir



Going out is overrated.
Passei meu resto de sexta-feira vendo os episódios de Paris Je T'Aime no youtube.
14ème Arrondissement (http://www.youtube.com/watch?v=O6KUZjaF5pI) é o melhor, o que melhor capta o Paris je t'aime mood, o fascínio, o je ne sais quoi da Cidade Luz.
Achei o curta mais interessante que os 3 longas que vi do Payne.
Outro preferido meu é o episódio Montmartre (http://www.youtube.com/watch?v=gedBD8tcTno), nem tanto por Montmartre ou Paris, esse segmento (como quase todos os outros) poderia se passar em qualquer lugar, Paris é apenas o pano de fundo, não a razão de ser do filme.
Me lembrou bastante Vendredi Soir.
Quando o cinema proporciona um encontro.
We are accidents waiting to happen.

Paris é uma festa



Não sou muito fã de Hemingway.
Só li dois livros dele, O Velho e o Mar, que meu primo me indicou entusiasticamente quando eu tinha uns 16 anos (e que não me disse absolutamente nada à pica) e O Sol Também Se Levanta, que peguei emprestado com uma amiga anos depois e achei mais interessante que o primeiro, mas, ainda assim, não empolgou o suficiente.
Eu já ouvi falar (não sei se é verdade) que existe uma espécie de rixa entre os fãs de Hemingway e de Fitzgerald, pelo fato de eles personificarem estilos opostos, daí fui ler O Grande Gatsby, achando que, finalmente, poderia me posicionar na briga.
Mas, achei o Fitz ainda mais chato que o Hemingway.
Antes a macheza crua e seca do Hemingway do que aquela frescurada do Fitzgerald...
"Bela como uma noite de junho", pára, néam.
Porém, por motivos óbvios, sempre quis ler Paris É Uma Festa.
Vi Paris Je T'Aime essa semana e a vontade voltou com força total.
Eu sou uma pessoa suscetível.
A trilha do Air de Virgens Suicidas me deixou com vontade de rever o filme (e de ler o livro do Jeffrey Eugenides), Paris Je T'Aime me deixou suspirando por Paris.
Parei até de ouvir a trilha antes de dormir, a última música me deixa estranha.
Encomendei os dois livros.
Tenho que estudar pros malditos concursos públicos e tinha me prometido que o último livro (de literatura) que leria esse ano seria Eu Receberia As Piores Notícias Dos Seus Lindos Lábios, mas como resistir a Paris?