Como todos sabem, estou padecendo meus últimos dias na Terra.
Com direito a uma quase overdose.
Litrosss de remédio no nariz e nada.
Era colírio.
Fui, moribunda, tateando até a farmacinha do banheiro, peguei o Afrin, deitei, botei.
Era Tylenol.
Ardeu horrores, quase vomitei.
Meus inúmeros leitores já devem ter tomado Tylenol, é um treco doce, enjoado, no nariz dá uma rica ânsia de vômito.
Lavei o nariz pra botar o maldito Afrin, mas é um placebinho, né.
Durmo abraçada com o rolo de papel higiênico.
Já perdi uns 2 Kg só de secreções nasais.
Mas, enfim, este intróito escatológico foi apenas pra falar de Vivre Sa Vie.
O filme mais bem falado do Godard, por cinéfilos de todas as estirpes, inclusive os que não gostam de Godard, o filme que eu mais tinha curiosidade de ver dele.
Me arrependo de ter visto essa semana.
Além de estar numa fase cinéfila desinteressada e entorpecida pela gripe, fui vítima da pior coisa que já comi na vida: mingau de fubá.
Minha mãe, fazendo a linha curandeira, fez um mingau deprimente, ela mesma vomitou a manhã inteira no dia seguinte.
Eu não vomitei, mas toda vez que lembro do maldito, tenho vontade.
Este post foi inteiramente escrito com estômago embrulhado.
E ela me socou o mingau já no finalzinho do filme, na cena de dança na sinuca.
Mas, não tem jeito.
Vivre Sa Vie sempre terá o gosto do mingau de fubá.